para ti
ed a voi
**
grazie
ad entrambi
Lifecraze é um espaço meu, teu, nosso!
Ora se os anjos tiverem sexo (sexo de género, não confundam) então, qual será o sexo dos anjos? Masculino? Mas, se os anjos são do sexo masculino, então não têm sexo (estamos a falar de sexo, sexo mesmo). Dir-me-iam que sim, poderiam ser todos homossexuais. Mas aí eu contradigo porque, obviamente, os ditos cujos anjinhos iriam passar a vida uns atrás dos outros sem tempo para zelar por nós. Como essa não é a realidade é portanto, fácil depreender que os anjos não são do sexo masculino.
Bom, e se os anjos fossem do sexo feminino (sexo género e não sexo sexo) a situação poderia ser bem diferente. Não andariam atrás uns dos outros mas à frente, o que diga-se, faz toda a diferença. Nada disso, porque, pelo menos alguns, teriam obrigatoriamente instintos maternais e, na impossibilidade de se reproduzirem, seriam uma cambada de frustrados incapazes de serem felizes. Assim sendo concluo que os anjos não sejam do sexo (sexo género, não sexo de sexo) feminino.
A terceira opção seria os anjitos serem de ambos os sexos (sexo de género, óbviamente). Neste caso colocam-se algumas objecções, sendo que a primeira se prende com o facto de se chamarem anjos e não anjas, o que, logo à partida, é uma tremenda descriminação. Por outro lado, estou certa que neste caso os anjos teriam sexo (sexo de sexo, é evidente) mas com aquelas suas tendências angelicais o sexo seria uma valente chachada.
Finalmente a teoria de que os anjos não têm sexo (sexo de género, claro) ou seja os anjos são todos assexuados, logo, não podem ter sexo (referimo-nos a sexo de sexo). E se os anjos não têm sexo, desculpem lá que vos diga, mas então são uns pobres duns infelizes que nem sabem o que perdem (agora falamos de sexo de sexo, está visto).
Veio o tema a propósito daquelas reuniões a que por vezes assistimos e que deveriam durar uma hora, mas duram cinco porque à agenda de trabalhos se junta exactamente esta questão polémica e complexa: o sexo dos anjos!
E amanhã é 2ª feira, provavelmente com umas quantas reuniões, espero eu que sem anjos ou, pelo menos sem o sexo deles.
Bom dia. Quero um impresso 21
Para quê?
(hã?...)
Para escrever!!
Para pedir o quê?
(hã?...)
O impresso 21 destina-se a solicitar o quê?
É por isso que lhe estou a perguntar o que quer!!
(outra vez?...)
Quero um impresso 21, já tinha respondido! :)
Mas para pedir o quê???
(1,2,3,….100…)
Oh minha senhora é para solicitar aquilo a que se destina o impresso 21, não lhe parece?! :)
Mas pode não ser o impresso 21!!!
(é desta que eu perco a paciência…)
Então fazemos assim: a senhora vende-me a porcaria do impresso 21, pelo simples motivo que é o que eu quero, depois se esse não servir, eu ponho no lixo e venho cá comprar mais 21 impressos! Está bom assim ou tenho de solicitar a presença do sr (…) para chegarmos a acordo?!
(ahhhh :D finalmente tenho a porra do impresso 21!)
Não era suposto os funcionários que fazem atendimento público terem a devida formação para? Se calhar não… a hora é que era demasiado matinal.
A noite de 5ª havia sido um tormento.
Entro na carruagem do fim-de-semana, na do serão de sexta, que me pareceu a mais jeitosa. Erro crasso! Após um pesado dia de labor, o som ensurdecedor provocava abalo até às entranhas. Mais uma noite mal sonhada.
Paulatinamente, aguardei pela próxima paragem. Mudei de carruagem. A de sábado aparentou-se atraente, sempre a mais deslumbrante, a mais alegre. Instalei-me. Distracção minha, que não supus que o som ameaçador continuava ensurdecedor. Manteve-se dia fora, até ao nascer da escuridão. Continuou noite dentro, na violação do sono.
Pacientemente confiei, que passando à mais soberba, a carruagem domingo, teria a paz e descanso merecido. Vagão infernal, barulhento, de sinfonia repetitiva, desafinada. Pedi! Supliquei! Implorei! Solicitei encarecidamente, um minuto de silêncio. Se me ouviu, fez de conta que não. E a noite caiu no mesmo suplício.
Acordei no brilho ansiado da segunda (quem imaginaria tal). Nunca havia sido tão hilariante a despedida do fim-de-semana, diga-se. Entrei na onda das reuniões. Um mar agitado (ou era aquela música que ainda se mantinha no meu cérebro?...).
Eis que regresso ao aconchego, na esperança, expectativa, ilusão, suposição, que o malvado concerto tenha findado e…
IRRA!!!
O raio da gata ainda não acabou o cio!!!
JÁ NÃO A POSSO OUVIR!!!!!!!
:(
Na calada da noite, a voz murmura sussurrante.
Estende-se a cortina do passado no presente. Abafam-se as palavras esquecidas na memória. Veste-se a máscara, armadura de ferro.
Revira-se, retorce-se, recalcitra-se indolentemente.
Insurge-se, revolta-se, amotina-se na revolução de pensamentos invertidos.
A Lua brilhante no molesto coração, esquenta.
Recordações omitem-se na reminiscência de ecos desprezados.
Palavras soltas em gritos ofuscados, reprimidos, amordaçados.
Ideias loucas conjecturadas, banhadas em sonhos deslumbrados.
Vazio. Cheio.
Não sei quando começou, não sei porque surgiu, nem sei como foi. Pior ainda, não sei como dizer. Nem sei se é, mas é.
Os ponteiros avançam, o tempo esgota-se.
Madrugada. O Sol floresce. A noite apaga-se. Um parte. Outro fica.
E eu… rascunho.
Morre uma mulher por dia com cancro no colo do útero.
Já está à venda em Portugal a vacina de prevenção ao cancro no colo do útero.
A vacina de prevenção de cancro no colo do útero custa sensivelmente 500€.
A maioria das mulheres portuguesas não tem 500€ para comprar uma vacina.
A vacina não é comparticipada pelo sistema de saúde.
Uma boa parte dos tratamentos, intervenções e medicamentos afectos ao cancro, têm custos muito superiores a 500€.
Uma parte dos tratamentos, intervenções e medicamentos afectos ao cancro, não são comparticipados pelo sistema de saúde português.
Uma boa parte das mulheres portuguesas não tem condições económicas, nem para prevenir, nem para tratar convenientemente o cancro.
...
Conclusão lógica: existem demasiadas mulheres em Portugal, há que eliminar pelo menos uma por dia.
Frases retiradas de revistas das décadas de 50 e 60:
Não se deve irritar o homem com ciúmes e dúvidas.
(Jornal das Moças, 1957)
Se desconfiar da infidelidade do marido, a esposa deve redobrar seu carinho e provas de afecto.
(Revista Cláudia, 1962)
A desordem em um banheiro desperta no marido a vontade de ir tomar banho fora de casa.(Jornal das Moças, 1965)
A mulher deve fazer o marido descansar nas horas vagas. Nada de incomodá-lo com serviços domésticos.
(Jornal das Moças, 1959)
Se o seu marido fuma, não arrume briga pelo simples fato de cair cinzas no tapete. Tenha cinzeiros espalhados por toda casa.
(Jornal das Moças, 1966)
A mulher deve estar ciente que dificilmente um homem pode perdoar uma mulher por não ter resistido às experiências pré-nupciais, mostrando que era perfeita e única, exactamente como ele a idealizara.
(Revista Cláudia, 1966)
Mesmo que um homem consiga "divertir-se" com sua namorada ou noiva, na verdade ele não irá gostar de ver que ela cedeu.
(Revista Querida, 1964)
O noivado longo é um perigo.
(Revista Querida, 1953)
É fundamental manter sempre a aparência impecável diante do marido.
(Jornal das Moças, 1968)
O lugar da mulher é no lar. O trabalho fora de casa masculiniza.
(Revista Querida, 1961)
Onde é que isto vai parar… Antigamente é que era !
(Frases retiradas de: www.aqueri.com/ )
Ouvia-a, como todos, vidrado, nas palavras, na sabedoria, no som da voz melodiosa e da expressão serena.
Tremeu quando os olhos se poisaram nele com a missiva “estou aqui”, porque estava, ela estaria incondicionalmente ali a apoiá-lo e ele temia desiludi-la.
Admirou-lhe a força estampada no rosto.
Nos imensos minutos da vida, permaneceu a contemplá-la.
Engolindo a dor, na alegria do seu sorriso.
Silenciou gestos, palavras, sentimento.
Abafou no riso, na amizade, na cumplicidade, o que calou.
Abre o véu que o apartou e o fundiu e por um segundo revê o bom, o mau, o assim-assim.
Sem pensar, reflectir, restringir, agarra o momento.
No calor dum abraço, sem palavra, o tempo mal chega para um beijo.
Eterno.
Ansiado.
Sublime.
No silêncio da noite, ele, vidrado, trémulo, a admirá-la de soslaio, calado em suplica: vê-me!
Em tempos (está bem, foi há muito tempo!) li um livro intitulado: o amor é uma merda!
Por acaso concordo em pleno: o livro é uma merda! Ups… o livro… bem… no fundo é só uma questão de gosto pessoal. Não gostei da obra, sem prejuízo do respeito que voto ao escritor, que eu sou apenas uma mera leitora sem competência para avaliar.
Tenho contudo, de reconhecer que tem toda a razão o digníssimo autor: o amor é uma merda! Era nisto que eu queria concordar nas linhas acima.
Vejamos os efeitos do amor…
- Faz-nos parecer adolescentes inconsequentes, mesmo quando já pertencemos à 5ª idade! (hã? Só existe até à 3ª? Isso pensam vocês. Com as novas medidas do governo o pessoal vai passar a viver 150 anos para poder trabalhar durante 149 e ainda gozar 1 de reforma!).
- Circulamos com aquela carinha de parvos, como se o mundo inteiro fosse um arco íris de felicidade capaz de pagar a imensidão de aumentos que cada ano novo nos traz.
- Ouvimos musiquinha romântica na extensão das filas de trânsito provocadas pelas intermináveis obras na cidade.
- Sorrimos que nem idiotas mesmo que o aumento de ordenado esteja mais congelado que a pescada do hipermercado da esquina e não chegue, nem de perto e nem de longe, para pagar a prestação do futuro ninho de amor.
- E por falar em futuro, andamos com a mente tão fixa nele, que nos esquecemos de saborear convenientemente o presente, muito embora futuro seja uma palavra algo duvidosa.
Está provado que o autor tem toda a razão: o amor é uma merda!
Assim sendo, amem bastante porque, pelo andar da carruagem, o 2007 não vai ser pêra doce, logo, uma carinha de parvo, musiquinha romântica e um sorriso idiota, poderão ser tudo que tenhamos para acreditar que o futuro existe.