in VERSÕES - parte I
Roubando alguns minutinhos ao tempo da vida real - não “real” de monarquia, que eu não passo de um duque de paus, mas “real” de realidade realmente realista - venho então aqui de novo rebolar-me neste meio prazeirento com forma virtualmente esférica (mas rapidamente, que o tempo já deu por ela e já ali vem esbaforido, o invejoso!)
Bem, e o que me traz hoje aqui (para além do premir da tecla «enter» do teclado)? Traz-me precisamente a vontade de melhorar os serviços prestados por essa enorme instituição ao serviço do bem-mobiliário-da-zona-de-Alfragide-e-arredores-mundanos que responde pelo nome de IKEA.
Está ali um bocadinho da mítica Suécia. A Suécia dos ricos e organizados. A Suécia dos altos e albinos. A Suécia do pinho nórdico. Enfim, a Suécia azulinha e amarela, como nos faz lembrar o logótipo.
Gosto muito de lá ir, porque lá se consegue contactar com todos os predicados que fazem daquele país nórdico um almejar constante da pátria edílica. Senão vejamos: uma vez lá dentro podemos admirar toda aquela racionalização na distribuição sequencial e lógica dos artigos; depois há a temperatura estável do ar condicionado seja em que época do ano lá nos embrenharmos (eu sei que o ar condicionado não é exclusivo da Suécia, mas lá é mais “ponderado”, pronto); a densidade massiva de gente - principalmente junto à área de pagamento - e a luz artificial que nos faz ter súbitas vontades de suicídio, tal e qual como na Suécia; mas o que mais me agrada é o espaço dedicado às crianças, para que não sofram com a atracção que os pais insistem ter na procura do caos consumisto-populacional.
E é precisamente sobre este último aspecto – espaços temáticos de espera – que eu gostaria de lançar um pedido aos senhores suecos dos móveis às peças. Se já reparam – e bem! – que as crianças não necessitam de ser sujeitas às pressões físicas e psicológicas que ocorrem sistematicamente no interior da loja, e para tal lhes proporcionam um espaço devida e completamente equipado onde podem ser deixadas a fazer aquilo para que estão vocacionadas – brincar – porque raios também não fazer um espaço do mesmo tipo para as outras “vítimas” – os pais das crianças?
Era fácil! têm tudo à mão sem abdicar da sua identidade patriótica. Bastava criar um local acolhedor e confortável (podia até servir com expositor de sofás e camas) e depois era só preenche-lo com jovens e saudáveis Ingrid’s suecas de decotes generosos. É só isto que falta para a perfeição, mais nada. Assim, as mães lá iam descansadas enquanto os filhos brincavam no seu cantinho e os maridos também ficavam a fazer as suas brincadeiras preferidas. Era óptimo para todos!
Até já estou a ver no final das compras:
“oh Gracindo, vamos embora que já comprei as cortinas e já resgatei o joãzinho ali do brincadário. E despacha-te, ou tenho de ir aí apanhar-te?”
“não me apanhas, não, Alzira, que eu agora estou no coito…”
Era lindo!
Deathnot
Bem, e o que me traz hoje aqui (para além do premir da tecla «enter» do teclado)? Traz-me precisamente a vontade de melhorar os serviços prestados por essa enorme instituição ao serviço do bem-mobiliário-da-zona-de-Alfragide-e-arredores-mundanos que responde pelo nome de IKEA.
Está ali um bocadinho da mítica Suécia. A Suécia dos ricos e organizados. A Suécia dos altos e albinos. A Suécia do pinho nórdico. Enfim, a Suécia azulinha e amarela, como nos faz lembrar o logótipo.
Gosto muito de lá ir, porque lá se consegue contactar com todos os predicados que fazem daquele país nórdico um almejar constante da pátria edílica. Senão vejamos: uma vez lá dentro podemos admirar toda aquela racionalização na distribuição sequencial e lógica dos artigos; depois há a temperatura estável do ar condicionado seja em que época do ano lá nos embrenharmos (eu sei que o ar condicionado não é exclusivo da Suécia, mas lá é mais “ponderado”, pronto); a densidade massiva de gente - principalmente junto à área de pagamento - e a luz artificial que nos faz ter súbitas vontades de suicídio, tal e qual como na Suécia; mas o que mais me agrada é o espaço dedicado às crianças, para que não sofram com a atracção que os pais insistem ter na procura do caos consumisto-populacional.
E é precisamente sobre este último aspecto – espaços temáticos de espera – que eu gostaria de lançar um pedido aos senhores suecos dos móveis às peças. Se já reparam – e bem! – que as crianças não necessitam de ser sujeitas às pressões físicas e psicológicas que ocorrem sistematicamente no interior da loja, e para tal lhes proporcionam um espaço devida e completamente equipado onde podem ser deixadas a fazer aquilo para que estão vocacionadas – brincar – porque raios também não fazer um espaço do mesmo tipo para as outras “vítimas” – os pais das crianças?
Era fácil! têm tudo à mão sem abdicar da sua identidade patriótica. Bastava criar um local acolhedor e confortável (podia até servir com expositor de sofás e camas) e depois era só preenche-lo com jovens e saudáveis Ingrid’s suecas de decotes generosos. É só isto que falta para a perfeição, mais nada. Assim, as mães lá iam descansadas enquanto os filhos brincavam no seu cantinho e os maridos também ficavam a fazer as suas brincadeiras preferidas. Era óptimo para todos!
Até já estou a ver no final das compras:
“oh Gracindo, vamos embora que já comprei as cortinas e já resgatei o joãzinho ali do brincadário. E despacha-te, ou tenho de ir aí apanhar-te?”
“não me apanhas, não, Alzira, que eu agora estou no coito…”
Era lindo!
Deathnot
6 Comments:
ehehe...fantastica ideia mas...peca por incompleta, ou seja...
Nao tao raro como eu desejaria...encontra.se nesse espaço um pai voluntarioso e amante do "direito à diferença" que insiste em "cheirar" as novidades todinhas que os suecos despacham para cá em tempo de saldos...
e o tipo...é verdade..deixou os putos no tal espaço mas...vai arrastando consigo a dita mae que...de feminista militante nada tem e que...quase esgazeada de espanto nao entende como é que o trengo troca as compras "em procissao" pela simples ideia de uma bela nórdica...
À saida...dirige.se às reclamaçoes e...convictamente deixa a sugestao de que teriam mais a ganhar se colocassem o Jude Law à entrada, com lareira crepitante e tapete confortavel (nao essenciais mas "pedagogicos")...
Agora sim...completa...sffv!
(mania...de só pensar em metade da coisa!!!)
Eu do IKEA só me lembro da piada do Jay Leno. 90% dos europeus foram feitos numa cama IKEA e os outros 10% no chão, por pais demasiado estúpidos para montarem a cama!
Para esses lugares não vou!! Mas escuta, suecas também há por lá?
É que por aqui, principalmente no Verão é um regalo p´ra vista..
suecas...eu gosto é de as bater...na mesa
(com cartas)
:)
O cio da minha gata andou a dar-te volta à cabeça?
já agora, pertences a que grupo: 90% ou 10%? e tu rafeiro?
Tenho italianas para a troca.
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