sexta-feira, março 23, 2007

Um Homem chamado Amor

Death makes angels of us all
& give us wings
(Jim Morrisson)

Sem te conhecer, deixaste que conhecesse a tua melhor parte, aquilo que para mim te continua a definir enquanto um Ser Humano na excelência do que era amar alguém e a ti próprio por isso mesmo. Agora, que me vejo atraiçoado na nossa cumplicidade, sinto-me mais velho e mais feio. Sinto-me agoniado nestas lágrimas que infectam uma respiração descontrolada pelo que sei ser a tua falta.

Quase que me sinto culpado pela tua felicidade e pela traição da sua ausência. Mas sei que te achaste compensado pelos anos de silêncio. E sei que, finalmente, amaste a dois. Nunca o vi, mas de alguma maneira senti, e só por isso valem a pena estas lágrimas, só por sentir que, finalmente, conseguiste abraçar a alegria do teu Amor e deixaste que fosse abraçado.

Não, não te conheci, mas conheci o teu Amor, e assim conheci o que melhor poderias ser e dar. E perante a tua história, a vossa história, a nossa história, e porque também amo (e amo-me), curvo-me em frente à tua memória, e para mim serás sempre um Homem chamado Amor.

(dedicado a um amigo que não cheguei a ter, mas que me ajudou a ser…amigo)


Para os companheiros deste espaço deixo um abraço, especialmente apertado para a Lifeyes (aqui está…); e a todos os leitores que, de alguma forma, se divertiram comigo deixo o meu agradecimento pela participação e pela vossa atenção. Apesar de fugaz, esta passagem por aqui deixou-me muito boas memórias, sobretudo pelo que ela significou na sua origem (foi algo que desejei durante muitos meses), mas agora largo este nick ironicamente estúpido, e espero que um dia a alegria possa voltar a este endereço (virtual na matéria, mas demasiado real na dor)

Muito obrigado a todos

Carlos