quarta-feira, dezembro 27, 2006
Sacana do gordo
Sendo que sparkle está a fazer-se cara, desconfio que pretende uma entrada apoteótica, de passadeira vermelha e tudo; eu vou avançando, mesmo que desagrade à “manda-chuva” a minha ultrapassagem. Está aqui uma pessoa em pulguinhas para relatar o Natal e nunca mais.
Concordo que Natal é a melhor época do ano. Já àquele gordo barrigudo, não lhe acho graça nenhuma.
Sabem lá vocês o que o gajo (senhor gajo, que o respeitinho é bonito e eu gosto) me fez. Então, eu passo o ano inteiro a portar-me que nem um anjinho. Tirando aquela vez que “elogiei” a mãe do vizinho, quando o filho da… senhora (!) me acordou às 4 da manhã com o trepidar do móvel onde, era suposto o animal estar deitado mas, a dormir (!); ou aquela em que travei a fundo porque precisava de uma pintura nova no carro e era a forma mais económica, mas essas duas não contam. Também houve um dia em que lixei o colega lá no serviço e fui promovido enquanto ele ficou a ver navios, mas um gajo tem de fazer pela vida não é? E outro dia em que roubei uma velhinha, mas quem a manda não ter seguro da carteira? Houve ainda mais uns dias mas esta não é a melhor altura para falar do assunto e são tudo coisas sem importância, como já repararam.
Dizia eu sobre o gordo barrigudo: escrevo-lhe uma carta, um mail, mando-lhe um telegrama, mensagem, um postal de boas festas, telefono-lhe e em todos eles lhe peço um Ferrari topo de gama.
Sabem o que o sacana me deu? Sabem? Sabem? SABEM?
Ok! Se sabem não contem! E se não sabem, vão ficar sem saber porque não têm nada com isso! Não querem lá ver esta gentalha, vêm aqui ao blog só para bisbilhotar a vida alheia. Vão mas é trabalhar, cambada de desocupados! Por vossa causa é que o país não anda para a frente.
sábado, dezembro 23, 2006
Carta ao Pai Natal
Pai Natal eu este ano portei-me muito bem sabias? Ultimamente já não atiro objectos nos concertos dos Toranja, já não insulto quem tira a carta por telefone, como sempre como a sopa toda e sou um exemplo de menino lá na escola, por isso Pai Natal este Natal queria Paz e Amor no Mundo… Mas parece-me que isso não vai ser possível desde que o Sócrates foi eleito primeiro-ministro isto tem piorado muito, para tu veres até aqui no prédio não há paz, a minha vizinha de cima depois de dar a floribella faz uns barulhos estranhos “Oh sim Manuel siiiiiim”, deve ir tomar banho com aquele champô, o herbal essences com o Manuel…
Como vez é impossível a prenda que eu te peço por isso vou passar aos bens materiais, uma coisa que eu não queria nada… Para já queria-te pedir um champô igual ao da vizinha para a minha mamã porque parece que ela fica com ciúmes quando ouve a vizinha tomar banho, não sei porquê… Para o meu pai queria que lhe oferecesses um sofá novo porque aquele está um pouco danificado, ultimamente o Benfica não tem ganho muito e ele fica nervoso. Por falar em futebol podias passar por Alvalade e dar-lhes um relvado novo, pobres leões perdem sempre por causa do relvado… Só falta a minha irmã mais velha, para ela podes-lhe oferecer um relógio para ver se ela começa a chegar a horas a casa.
Para mim são umas coisas banais, para já queria uma AK-47, uma daquelas armas com que os iraquianos matam os Norte Americanos, porque a floribella vai lá à escola e assim arrumava já com o caso. Se não for pedir muito queria uma namorada bonita, assim tipo Angelina Jolie ou Adriana Lima, pode ser? Queria ser amigo do José Veiga e só queria um popó bonito, para passear com a minha namorada, pode ser um Hummer H2.
Sem mais nada a pedir espero por amanhã para receber os presentes, e desculpa só escrever hoje mas eu sou Português… Tenho que manter a tradição de deixar tudo para ultima hora.
Um beijinho para o meu gordinho bochechudo preferido
Jé.
quarta-feira, dezembro 20, 2006
O Natal também é isto…
“O que escrever? Sobre o quê? Como?” serão sempre as perguntas que surgem na mente de um escritor; logo, isso não me passou pela cabeça, como é óbvio. O que se atravessou nesta densa massa encefálica (se eu não me valer, quem o fará?) foi: “e porque não escrever sobre o Natal? Há que ser original, a ocasião merece…” e pronto, está decidido, vou contar uma linda história natalícia.
Tudo começa com uma promessa – minha – feita no calor da publicidade televisiva. “É isto que te vou dar, filha”, disse-lhe eu, entusiasmado pela visão de um brinquedo que seria estranho comprar para mim. Ora, promessa feita é promessa que tem de ser cumprida. Não, não se trata de ética parental, mas sim de protecção cárdio-auditiva (já quebrei promessas deste tipo e sei os decibéis que me invadem os ouvidos e as lágrimas que me dissolvem o coração…).
Alvo definido, toca a conquistar.
Porém, parece que toda a gente se sincronizou comigo no desejo – não encontrava aquela porcaria em Lisboa nem nos arrabaldes. Desespero; Sofreguidão; Escalada pelas paredes; Consulta no otorrino para dia 26; tudo estados de alma que se colaram na minha. “Tenho de ir às entranhas do comércio” pensei no bocadinho de tempo que ainda vou tendo para me dar a esse luxo “Tenho de ir ao Colombo”. E fui.
Chego lá, com os segundos a correrem à pressa, e avisto o ninho do tal produto.
À minha frente, caminham, enternecidamente, uma mãe e uma filha, de mãos dadas e coladas pelo Amor materno. Eu vou logo atrás, o suficiente para ouvir a menina prendar o mundo com a sua doce voz para informar a mamã “Olha mãe, aqui ainda há um…”. Era verdade, ainda havia um. Tanto para ela, como para mim. Um é um, não são dois…
É nestas coisas que o instinto paterno (e amor próprio) se manifesta corporalmente. O passo acelera ao ritmo do coração. Sem dúvidas sobre o melhor traçado, deixo para trás aquela parelha que irradiava carinho, e, antes dela esticar a sua pequenina mãozinha, já eu tinha a minha manápula preenchida.
“OOOhh” disse a menina, “AAAAAhhh!” respirei eu. (E só não levantei aquilo imitando o Zé Águas na elevação de uma taça dos campeões, por puro respeito à criança; sim porque eu respeito os petizes…). Não lhe vi a cara, para não lhe ver o coração. Assim não tenho remorsos, de certeza. Só esta alegria imensa de ter achado e resgatado o ultimo e único dos presentes.
Mais uma chave para um abraço, um sorriso. E isto, sim, é Natal!
Deathnot
Feliz Natal
O Natal é a época do amor, não há dúvida!
Exemplo um:
X e Y não se suportam. Passam o ano inteiro a lixarem-se um ao outro. Só falta arrancarem os olhos, porque os cabelos já se foram na última briga. Eram capazes de gastar uma fortuna se a estricnina fosse de venda livre.
Abraçaram-se “Feliz Natal!”… Será que esse Feliz Natal significava “Espero que o Pai Natal te ofereça uma corda bem resistente e a enroles ao pescoço, qual gravata de nó bem apertado”?...
Exemplo dois:
Le e La vivem em ódios e rancores 14 meses por ano (14 porque contamos com subsidio de Natal e férias). Le engana, mente, ofende, La oculta, agride, acusa. Le já não aguenta olhá-la. La tem ânsias só de o evocar.
Trocam beijos “Feliz Natal!”… Será que Feliz Natal significa “BUUMMM de bomba”?...
Exemplo três:
Bá e Bê não se falam desde aquela discussão
Sorriem “Feliz Natal!” … Será que Feliz Natal é sinónimo de “é hoje que te estrangulo”?...
O Natal é uma época engraçada… :D
terça-feira, dezembro 19, 2006
canadianas
Um dia contei algures, a “saga” do braço engessado, hoje, mais ou menos um ano decorrido, entretenho-me com a “saga” das duas canadianas.
É super divertido! Senão reparem…
Tomar banho é uma festa. Entra-se na banheira e começa-se a fazer contas de cabeça: como não molhar a perna? Bem, podemos enfiar um saco, o que não é muito fiável. Deixar aquela perna de fora também é uma opção, mas para isso há que manter aberta a porta da banheira e depois limpar o lago no chão. Também existe a possibilidade de manter aquela perna no ar, a questão é manter em simultâneo o equilíbrio ou estatelar-se.
Bem, pegar no carro para ir trabalhar e de repente ver a brigada a mandar parar os da frente… é um calafrio!
Ter reunião na porcaria de um andar de cima e tentar convencer os colegas a fazê-la noutra sala, é testar a afeição que têm por nós (ou o quanto não nos gramam!).
“Gramar” mesmo, é fazer corridas com um puto sem aterrarmos os dois.
Ir às compras é uma aventura. Ficamos meia hora a pensar como empurrar o carrinho, isto para não falar no “tralho” que estamos sujeitos a dar porque a funcionária andou a higienizar o chão onde as ditas canadianas adoram patinar.
Enfim, divertido mesmo é começar a ter calos nas mãos que nem lavrador, sem nunca ter pegado naquele precioso utensílio chamado enchada!
O quê? Ah! Pensavam que o post era sobre aquelas beldades loiras, oriundas do outro lado do oceano? Pois então, terão de se apear noutra paragem, que aqui só encontram canadianas versus muletas! Eu não tenho culpa se chamam canadianas àquilo. Quem sabe, as ditas loirinhas tenham por hábito usá-las...
1º post
Se isso vos agrada, podem-se apear nesta paragem, senão sigam caminho e saiam na paragem seguinte.
lifecraze é um espaço tão democrático que só eu decido as regras! :P
Mas onde, ainda assim, cada um pode escrever como bem entender (leia-se sentado, deitado, de pé ou de cocoras!)