quinta-feira, abril 26, 2007

Vamo-nos vendo por aí

Não interessa a ninguém mas interessa-me a mim mesma.

E como isto é meu e no que é meu faço o que me apetece, porque conquistei essa liberdade…


Este blog nasceu de uma série de necessidades: desde a de juntar três amigos, nos divertir nos momentos de lazer, constituir um recurso de memória, contribuir para o nosso trabalho…

Não fazíamos questão que entendessem o que escrevíamos porque escrevíamos a nós mesmos. É-nos completamente indiferente o número de comentários. Nunca nos consideramos escritores, nem pretendemos sê-lo. Nunca procurámos inimizades, nem amores. Todos nós tínhamos uma vida e digo tínhamos, apenas porque infelizmente, um de nós já não a tem.

Não é possível fazer renascer todos os mesmos objectivos e este blog não tem a menor hipótese de os cumprir. Logo não tem razão de ser.


O nosso muito obrigado a todos aqueles que contribuíram com os seus textos, imagens ou videos. Em particular com o seu “sentir”.

O nosso obrigado a todos aqueles que por aqui passaram de forma positiva.

O nosso obrigado também, a todos aqueles que por cá passaram de forma menos positiva.

O meu obrigada especial ao Deathnot ou Outro e ao Youandme.


lifeyes ou foryou ou tanto faz



terça-feira, abril 24, 2007

Obrigado

Estive “ausente” da blogosfera durante quase um mês. Respondem vocês, com cara de enfado “e nós com isso, fizeste cá uma falta...”. Sei bem que não fiz, felizmente a blogosfera é demasiado grande para que se sinta a falta de uma única pessoa. Mas vocês fizeram-me falta, mais do que aquilo que eu suporia. Nesse aspecto, a minha “desintoxicação blogal” falhou redondamente, voltei com mais vontade de andar por aqui do que nunca.

Acho que isto fica a dever-se à alteração que a minha visão deste meio sofreu nos últimos tempos. De mero escape para os meus devaneios, começou a revelar novas pessoas, novos pensamentos, e quando dei por ela, tinha feito aqui amigos, alguns dos quais parece impossível serem tão recentes, tal a empatia que naturalmente existe entre nós.

Curiosamente, o valor dessa amizade reside mais nas nossas diferenças do que nas nossas semelhanças, pois se duas pessoas com os mesmos gostos e tendências facilmente convivem, o verdadeiro valor da amizade está em conseguir conciliar interesses opostos, vontades por vezes antagónicas. É esse o motivo que me leva a reiniciar o meu percurso aqui, num blog para o qual tive a honra de ser convidado, uma vez que é um espaço onde espero vir a postar regularmente, assim como ver textos dos outros intervenientes, sempre tendo presente que não somos iguais, mas que seguramente somos amigos.

Um grande RAUF para todos!

quinta-feira, abril 19, 2007

gramática congelada! Não admira...

…com a chegada do calor não se pode correr o risco de deixar deteriorar o singelo significado do “efeito ricochete” ou “ausência de neurónios” ou mais grave ainda “falta de chá” (ou néctar...)


Gosto de sumos néctar. Alto teor calórico, energético e sem gás. Há quem os prefira de pêssego, espessos, grossos, pastosos. Eu pessoalmente, opto pelo manga/laranja. Primeiro, porque aprecio as boas combinações (não aquelas que as senhoras usavam antigamente sob os seus vaporosos vestidos, nada de confusões) daquelas que juntam dois (ou mais) elementos de forma singela e positiva. Manga/laranja, líquido e fresco. A manga (não a do casaco que cobre o cotovelo, por maior que seja a dor) suave, de aroma característico, conjuga na perfeição com a laranja, equilibradamente ácida e com manancial vitamínico capaz de fortalecer qualquer um.


Diz o livrinho de instruções anexo, que devem ser agitados antes de consumidos. Ora, é aqui que apresento a minha reclamação, como cidadã consumidora. Agitar senhores empregados de pastelaria, não é espancar vigorosamente o cuzinho da garrafa! Agitar é aquele movimento de vai-vém (não confundir com outros movimentos mais ou menos análogos, que algumas pessoas procuram, por exemplo na Internet, como sejam os movimentos políticos. O que é que estavam já para aí a pensar?). Senhores empregados de pastelaria, bater furiosamente na extremidade da garrafinha provoca-lhe disfunções estomacais, náuseas e inclusivamente uma irritabilidade convulsiva que obriga a tampinha a descolar-se para deixar sair o vómito liquefacto, que vai inconvenientemente aterrar na cara de uma angelical jovenzinha com ar de tolinha, que na mesa do lado, se concentrava num portátil, quem sabe, em perversa escrita, busca de movimentos políticos ou floristas para noivas. Senhores empregados de pastelaria, vamos lá a ter respeito pelos utentes.


Numa época em que o desemprego nos aflige, há que distribuir trabalho. Por isso mesmo, há quem não goste de sorrisos, mas eu gosto! Mais do que isso, eu gosto de rir! Dá emprego a uma data de músculos, faz bem à saúde evitando filas de espera nos hospitais, alivia o stress escusando-se gastos desnecessários em psiquiatras, psicólogos e analistas e ainda desenvolve o poder de imaginação para escrevermos post’s de treta (ou não…) como este.


(como podes constatar fez-me bem o almoço de sorrisos recheados como prato principal, regado por espontâneas risadas, ao som de um doce acorde de piano, a acompanhar o espectáculo de esgrima.

Obrigada grande amigo!)




a culpa do outro

É verdade, sou um egoísta do caraças! Como não podia estar aqui ontem fechei isto para que ninguém brincasse. Mais ou menos como aqueles miúdos gordos donos da bola que, se não os deixam ganhar, vão-se embora e levam a bola…
Mas estou arrependido, pronto. E aqui, de braços abertos, espero que me apedrejem com a dureza das vossas palavras (apontem para a cabeça, não se distraiam com o corpo). Como diria Ernesto Guevara “Não tremam que estão a matar um homem”…toca a aproveitar que normalmente só aceito que me amandem com ramos de flores…de costas!

terça-feira, abril 17, 2007

little spider-man

(http://www.deviantart.com/)

there are questions...

…without answers

...


Acordou a meio da noite, confuso, extenuado, sentido, saudoso.

Porquê?

Gosto da idade dos porquês. Surgem porquês uns atrás dos outros, numa amálgama de pensamentos, de buscas de conhecimento, de compreensão. Gosto daqueles porquês sequenciais como lógicas de raciocínios que se tentam construir.

Porquê?

O porquê é das perguntas mais completas, melhor formuladas, mais claras e concisas que conheço. É também uma das que mais vezes não tem resposta.

Porquê?


...

Há muitos e muitos anos atrás, eu tinha um ursinho de peluche, dormia comigo, comia a seu lado, brincávamos juntos, contava-lhe os segredos e era o meu grande amigo, aquele que eu não dispensava nunca. Amava-o!

Hoje o meu ursinho está lá, guardado algures nalgum baú e continua presente na minha memória. Ainda o amo na recordação dos momentos da minha infância. Foi importante e por isso é importante. Apenas deixou de dormir na minha cama, deixei de comer a seu lado… porque precisava crescer e o ursinho era de peluche, não falava. Se ele tivesse permanecido na minha cama, eu não conseguiria crescer. Tive de escolher.

Há muitos anos atrás eu tive um cão, lindo, peludo e meigo. Brincava com ele, adormecia a seu lado, corríamos juntos, dava-lhe de comer. Amava-o!

Ainda o amo na minha memória, ainda corro com ele na minha recordação, ainda é importante porque esteve lá, nos meus anos de adolescente, que são meus. Cresci e tive que escolher partir e deixá-lo na casa dele. Se tivesse ficado não conseguiria ter feito o que fiz até hoje, viveria triste e ele triste comigo. Tive de escolher.

Como tu eu também tinha um papá e uma mamã que cuidavam de mim quando era pequena. Amei-os desde sempre. Já não me enfio na cama deles a meio da noite. Já não me dão o comer à boca. Já não me levam a passear de mão dada. Já não vivemos na mesma casa. Mas amo-os tanto como nessa altura. Eu tinha outras coisas para fazer. Se tivesse ficado não as teria feito e não seria quem sou. Se eu não fosse quem sou tu não gostarias de mim, não me chamarias papá nem te sentirias amado.

Estou errado?


...

Porquê?

Porque para sermos nós temos de fazer escolhas, às vezes fáceis outras vezes difíceis. E muitas, muitas, muitas vezes nem percebemos o porquê, só sabemos que…

Há vida para além da net

É verdade. Há uma vida quando aquela luz branca (do monitor) finalmente se apaga. Aliás, para mim só há vida quando essa luminosidade se extingue. Não é que despreze a força que este meio tem nas relações pessoais, nada disso, mas a verdadeira vida, aquela onde as pessoas são pessoas, existe lá fora. Cá fora. É sem monitor que as coisas realmente existem. Todas as coisas. Não só as almas mas também as caras e os corpos…

Aqui divirto-me. Só! Sem grandes seriedades, com muito respeito, verdadeira e puramente. Honestamente. Aqui mostro a parte mais despreocupada de mim para quem a quiser – como eu – desfrutar. Sem grandes preocupações de forma nem conteúdo. Apenas persigo cativar uma coisa – a diversão no seu estado mais inocente e, por isso mesmo, sublime. É só isso que me interessa. Claro que pelo percurso as coisas, as pessoas, se podem adensar. Não o procuro, nem nunca o fiz ou farei, mas é óbvio que, respeitando toda a gente por igual, há pessoas com, e pelas, as quais a interactividade se vai estreitando. Tem tão só a ver com o facto de tudo isto se fazer com pessoas, e essas precisarem umas das outras para estar. Mas essas saem daqui. Vão para a vida. Para a minha vida. E os encontros aqui mantêm-se, e manter-se-ão, sempre, sempre, no estado onde começaram inicialmente – a tal da diversão. O resto, quando há e se houver trata-se lá fora. Com voz, e se possível com olhos.

Aqui estou sozinho, quando quero ou posso. Simplesmente isso. Lá fora estou sempre e faço parte de uma coisinha singela e dinâmica chamada mundo, que não precisa de mim para continuar a girar, mas que também conta comigo por e para isso mesmo. E eu lá vou girando com a certeza de que mais cedo ou mais tarde terei de voltar sempre aqui. Para quê? Lá está, para me divertir!

Resumindo, aqui, na net, está Outro; eu estou cá fora.
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(não sei se te lembras, mas em tempos discutimos sobre o “efeito de ramo de noiva” que os posts têm. Pois bem, este ramo, apesar de atirado de costas, também eu o vou a correr tentar apanhar)

domingo, abril 15, 2007

"Cuidado com as companhias..."

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(Esta foi a primeira coisa que me lembrei de publicar assim que fui convidado para participar aqui. Vá-se lá a saber porquê...)
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Cumprimentos para o gafanhoto gigante, para a mota, para os diabetes e, já agora, para o Carlos Jorge.

quarta-feira, abril 11, 2007

Feliz Aniversário (olha, clicka aqui que eu hoje não atino com o youtube)

Para ti CARLOS com um grande beijo

sexta-feira, abril 06, 2007

For you and for me

( http//www.deviantart.com)

Parou… o mundo parou… o universo parou… inerte…
Sentiu. Ouviu. Viu. O último gemido do paraíso esvair-se.
Nenhum deus acudiu. Nenhuma lágrima rolou. Nenhum grito.
Insensível? Gélida? Petrificada?
Adormeceu.
A dor rolou por entre o sono.
Sonhou.


Num rasgo de fúria cantou. Num universo de ódio matou o calor, o fogo, as chamas. Blasfemou impotente.
Olhou o mar incendiado, o céu quebrado, a terra incandescente.
Na solidão da multidão lembrou. Aconchegou o peito, escondeu o rosto, virou a alma, sufocou a dor.
Recordou.


O rosto calmo. Olhar penetrante. Palavras suaves. Expressão decidida.
Tocou. Reconheceu.
Um sorriso. O Sorriso.
Sentiu.
Ouviu.
Viu.
Ali.
Como nas histórias que lhe contavam em pequena. Qual fada e duendes em fantasias irreais onde tudo é possível. Onde nada é inexistente.


“Ninguém morre se não deixarmos”
Tens razão… ninguém morre se não deixarmos…


Não saias daqui. Não te afastes.


Sentou-se calmamente, ouviu a voz na sala “professora?” “pois”
Sorriu.


Olhou ao fundo. “somos colegas agora” “quase”
Sorriu.


“Aguenta-te” “dá-me a mão…”
Sorriu.


“Nado melhor que tu” “apanha-me!”
Sorriu.


“Gosto dos teus disparates” “e eu dos teus”
Sorriu.


Tantos anos lado a lado no silêncio de palavras expressas em gestos, olhares, sentimentos, risos. Sempre o sorriso.


“És feliz?” “Serei sempre! Vale a pena”
Pois vale…
Ensinaste-me tanto.
Fica aqui. Não te afastes. Vou mostrar-te tudo que me ensinaste: a sorrir.


Parou.


Olho o espaço vazio e encho-o de ti e, sorriu como tu, sem olhar para trás.
Mal posso esperar… que me venhas buscar… Guarda-me um lugar, bem ao teu lado, vou querer assistir à vida de camarote. Mas não ainda, desculpa, ainda estou… a viver!


Sorriu.

Não posso ficar aqui, a lenha esgotou, os aquecedores avariaram. Tenho frio… Não posso ir embora sem ti, perdi os mapas, fiquei sem carro. Estou presa àquela palavra…
Não posso fechar a porta que a chave tem-la tu.


Vive comigo… em mim, que eu sorriu contigo… em ti
Life