quinta-feira, fevereiro 22, 2007

  • A CULPA É DUM RAFEIRO DE AROMA DUVIDOSO
  • Porra (ai desculpem lá já me esquecia que sou uma respeitável lady) para isto. Às vezes só me apetece dizer palavrões quando me vêm com as tretas das correntes. Raios parta e mais as correntes e aqueles inquéritos esquisitos que é preciso tirar um curso para responder.

    Ora vamos lá a isto, que eu tenho mais o que fazer.

    Amigos coloridos? Ahhh sim claro! Muitos! Venham eles, venham eles! Quantos são? Quantos são?

    Amigos coloridos tenho muitos. Por exemplo quando junto cá em casa o pessoal e me engano nas porções da receita, costumam ficar verdes na hora da refeição.

    Deixa-me lá pensar mais… Amigos coloridos…
    Sim, sim!!! Quando saímos à noite para correr as capelinhas também costumo ter uns amigos que ficam assim… como explicar?... hum… meio arroxeados! Depois é habitual passar-lhes a cor nos auto-stops que uns senhores fazem, em que se sopram balões mesmo sem ser Carnaval ou dia de festa. Ou então passa-lhes quando despejam assim uma coisa meia viscosa e muito colorida, nessa altura o arroxeado vai-se atenuando até ficar esbranquiçado.

    Mais amigos coloridos? Hum… Amigas também vale? Sim?!!! Então tenho umas que me fazem perder a paciência (o que é bem difícil) e ficam assim num tom vermelhinho quando eu lhes digo qualquer coisa do género “dasssss há quanto tempo não dorme o teu marido em casa? É que estás com um mau humor…”

    Amigos coloridos? Deixa-me pensar… Sim! Sim! Tenho aquele amigo que ficou um bocado azul (sabe-se lá porquê) quando a meio da viagem eu lhe contei que já capotei três vezes. Por acaso nunca percebi muito bem porque mudou assim de cor.

    Também tenho aquele amigo que é um bocado escuro e de repente ficou branco como cal só porque deixei cair a caixa sobre o pé dele. Ficou tão branco que depois até andou quase 15 dias com uma coisa grossa branquinha a envolver o pé e duas canadianas por companhia (o rapaz devia ter-me agradecido, não é qualquer um que tem 2 canadianas ao seu dispor por 15 dias).

    Amigos… coloridos… Filho não conta, pois não?! É que esse também tem por hábito colorir-se quando eu chamo RODOLFOOOO PANCRÁCIOOO (nome fictício, claro, mas achei bonito).

    Pois claro que tenho amigos coloridos!!!!

    Hã? Quê? Quase namorada? Quase namorado? Ahhhhhh!!!! Isso agora… é outra conversa. Mas tem de ficar para outra altura que eu ainda não terminei o tal curso.
    :P

    E desculpem lá mas passar esta coisa... olha passo àqueles ali ao lado ----->
    quem quiser aque a agarre

    (Passei no teste rafeirito?)

    lifeyes

    segunda-feira, fevereiro 19, 2007

    A Judite apanhou-o…

    Peço desculpa pelo leve cheiro a transpiração suada, mas depois daquilo que ouvi anunciar na RTP tive de correr imediatamente para este teclado de forma a desabafar o cumulo da minha estupefacção antes que ele desabafe comigo…

    Então não é que a televisão de todos os que pagam impostos está anunciar que o Sr. Procurador Geral da República – Dr. Pinto Monteiro – vai ser entrevistado pela Judite na próxima semana? Não sei se estão consciencializados para o que isto significa, mas mesmo que estejam eu explico (ó senão não valeria a pena esta desvairada correria e o odor a homem adulto transpirado).

    Desde logo está aqui em causa um flagrante exemplo de desrespeito do segredo de justiça – se a Judite vai entrevistar alguém, isso deve ser guardadinho no tal segredo; e se esse alguém é aquele que Procura a justiça na sua Generalidade Republicana, então o segredo deveria ser confiado à descendência de um dos pastorinhos de Fátima…

    Depois, temos aqui um caso de inversão da Lógica, que funciona como mais um cavilhão para a caixa de enterro da Justiça inter-fronteiras: aquele senhor devia arranjar suspeitos para a Judite entrevistar e não ser entrevistado pela mesma, (ainda por cima em plena transmissão televisiva). É o descrédito total! Se até o gajo a quem nós confiamos zelar pela atenção do Estado aos prevaricadores para com todos nós vai ser entrevistado pela Judite, em quem é que nós devemos agora confiar, hum? No Avelino? No Isaltino? Na Fátima? No Valentim? No Jorge? Na Carolina? No Carlos? No João?...Não me parece (até porque era uma lista muito grande de gente e, como sabemos, o português é gente que confia - no máximo - em duas /três pessoas).

    E finalmente, trata-se aqui de uma clara obstrução à Justiça, na medida em que, sabendo que toda a gente vais estar a ver, a Judite não estará vontade para lhe pregar uns valentes chapadões, caso se sinta impelida a isso (só nas respostas mais difíceis de arrancar, claro). Como é óbvio, a entrevista está à partida condenada aos limites da decência mediática, o que em nada abona à verdadeira verdade da ceguinha que agarra na espada e na balança…(ainda se fosse na TVI… agora, na RTP não vão lá).


    (Olha! Afinal estão a repetir o anúncio, e agora que estou a ver – e não só a ouvir como da primeira vez – reparo que o Dr Pinto Monteiro vai ser entrevistado é pela Judite…de Sousa. Sendo assim, vamos lá então retomar as nossas vidinhas mais descansados)


    Deathnot

    quarta-feira, fevereiro 14, 2007

    Será que há quem os coma?

    Azuis, brancos, vermelhos, até amarelos os há.

    De aromas, do mais diversificado que se possa imaginar.

    Fortalecem, engrossam, estimulam, prolongam. Provavelmente também existem os que espalmam, mas ainda não me saiu nenhum.

    Suaves, fortes, duradoiros, para todos os gostos.

    Longos, médios, curtos, largos, estreitos, eles vendem-se de todos e para todos os tamanhos, em qualquer farmácia ou hipermercado.

    Para prevenir, sim, porque o seguro morreu de velho e não há nada melhor que a prevenção.

    Acreditem que, por estranho que pareça, até se encontram nas lojas uns com sabores: morango, chocolate, baunilha e sei lá mais o quê. Só me falta saber se há quem os coma antes, durante, ou após a utilização.

    E, espanto dos espantos, não é que consegui comprar um totalmente normal e para normais!!

    E porque hoje é dia dos namorados (aquela coisa que inventaram não sei muito bem para quê), se forem sair com o ou a respectiva, por favor, aproveitem e, para que tudo seja perfeito, não esqueçam usar antes um qualquer… champô!

    segunda-feira, fevereiro 12, 2007

    Filantropórtico

    Dentro daquilo que conheço de mim, uma das coisas com a qual me sinto melhor é o facto de gostar de gente. Gosto de pessoas e pronto! Mas gosto mesmo. Isto porque para mim as pessoas, dentro do vasto e diversificado reino das coisas vivas ou inertes, são as criaturas mais fascinantes que deambulam na crosta terrestre, na parte mais baixa do universo ou mesmo abaixo de qualquer superfície aquática (e esta foi só para reforçar o meu fascínio pela único Ser que consegue intrometer-se onde todos os outros habitam, funcionando assim como “a sogra” de todas as criaturas mundanas; para o bem e para o mal).

    Acredito desde sempre na viabilidade de todas as pessoas terem um valor inerente e único que as torna, logo à partida, alguém meritório do nosso investimento enquanto seres mutuamente inteligentes. Acho mesmo que com toda a gente se pode aprender algo, nem que seja à custa daquilo que nos parece podermos facultar, ou não. Em cada pessoa existe de facto um mundo que vale a pena conhecer e onde vale a pena conhecermo-nos. Para mim. Á partida.

    Contudo, o desgaste de mim mesmo ao longo dos anos está a erosionar aquela convicção filantrópica – bem como a minha assumida ingenuidade - e a demonstrar-me que realmente há uns indivíduos que, ainda que fossem derretidos e a massa resultante prensada na forma de toscos tamancos ou de imponentes e pesadas portas, não conseguiriam ser mais estúpidos. Deve ser por isto que as minhas tairoca são mais acarinhadas que nunca - nem as uso só para não as estragar contra a superfície áspera do pavimento – e que cada vez menos ando a bater com as portas, fazendo-lhes sempre uma suave carícia nas dobradiças ou no puxador depois de as fechar gentilmente.

    Felizmente que, tal como as trincadelas na língua, o contacto com a estupidez bruta e brutificante é muito rara e logo atenuada pelo contacto com o encanto que tantas outras pessoas insistem em demonstrar (e gente inspiradoramente encantadora não me falta na vida).


    Deathnot

    domingo, fevereiro 11, 2007

    Continuam...

    Extraordinários!

    Fabulosos!

    Magníficos!

    Sensacionais!

    Incríveis!

    GENIAIS!

    Perfeitos!

    Esplêndidos!

    Excelentes!

    Magistrais!

    Formidáveis!


    STOMP

    A

    NÃO

    PERDER

    terça-feira, fevereiro 06, 2007

    rebobinando

    Conhecia de cor o trajecto. Monótono, repetido, repisado. No fundo de lembranças apagadas tentava rever o passado projectado em futuro. Ou seria apenas rever-se no presente?

    O cinza, o preto, o branco, iluminados por um amarelo ofuscado num azul límpido que só ali existe, tracejando o verde e amarelo da paisagem.

    A música a embalar, encorajar, encaminhar ou, quem sabe, a acordar.


    Um bom dia feliz, sorridente, estimulante. Uma palavra aqui, outra ali e mais um sorriso.

    Decidida, sem medos, sem receios, avança como quem pisa o palco em noite de estreia. A casa cheia. Holofotes acesos. Orquestra em riste.

    E a repetição do acto.


    Será possível que tenham sido todos regados? Não poderiam ter-lhe dado um, apenas um, pelo menos um, tão só um, que fosse um pouquinho mais baixo que ela?! Não! Seria impossível. Sorriu!

    A voz soa clara numa interrogação reconhecida. Olha-o nos olhos (como sempre fazia?) e responde-lhe, calmamente, pausadamente, compassadamente na busca constante de o fazer confiar.

    Outra voz se faz entoar mais brusca, altiva, sonora.

    Burburinho.

    Treme. Repousa. Soletra, repete, recua e avança.

    O tema fatídico, temido, receado.

    Alvoroço.

    Circula sorrindo, sempre sorrindo, mais um sorriso. Esclarece. Confia. Alenta. Encoraja. Firme, decidida, convicta. Trémula, assustada, receosa.

    No fundo das lembranças apagadas, sabe que esteve lá, daquele lado, naquela cadeira de madeira outrora mais rude, na mesma sala com parede de azulejo, as mesmas colunas redondas, o mesmo sol a entrar pelas mesmas janelas, as mesmas ansiedades, o mesmo tremor, a mesma desconfiança, igual a eles e é por isso que os respeita, entende e ama. Só aquele pedaço preto na parede mudou, agora são dois pedaços, um verde, outro branco e os papéis que outrora compunham as mesas, fazem-se agora acompanhar de caixinhas com visor contendo um mundo. E as personagens que já não são as mesmas. Agora é ela do lado de cá e eles do lado de lá, mas com o olhar ao mesmo nível partindo de novo à descoberta.


    As luzes apagam-se, o pano desce. Dissipam-se.

    Olha em redor e sorrindo, mais uma vez sorrindo, retira-se, confiante, segura, serena na felicidade que lhe cabe ali, naquele minúsculo mundo duma sala de aula.


    Obrigada :)



    segunda-feira, fevereiro 05, 2007

    A favor do aborto!

    Et Voilá! Estou decidida a ser a favor do aborto!
    Passo a explicar porquê:

    1. a mãe do gajo (sr Gajo, que eu sou educada) que inventou as 2ª feiras devia ter feito um aborto, está mais que provado!
    2. a mãe do Afonso Henriques não devia ter nascido, mas já que nasceu, deveria pelo menos ter feito um abortozinho, com a respectiva laqueação de trompas, para não correr o risco de ter outro Afonso Henriques nalguma futura inseminação!

    domingo, fevereiro 04, 2007

    Coisas inexplicáveis

    Saudade é aquela coisa chatinha que por vezes nos consome o corpo e a alma.

    Saudade do tempo, saudade do espaço, saudade das coisas.

    Saudade do que foi, do que não aconteceu, do que poderia ter sido mas não chegou a ser.

    Saudade do Sol, da chuva, do vento, dos dias… ou das noites?...

    Saudade de ser pequeno e saudade de ser grande.

    Saudade de rir e chorar, saudade de nem sentir.

    Saudade das gentes que vaguearam por nós e daqueles que nos marcaram.

    Saudade de construir castelos ou de os ver ruir.

    Saudade é aquela coisa estranha que sentimos, quando temos saudade de nós mesmos.

    Saudade é aquela coisa que nem nós sabemos para que serve… mas sentimos!


    Que tens?

    Saudades…

    :)